quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O caso do bolinho

Na Escola para Surdos Dulce de Oliveira acontecem também oficinas e atividades do projeto Biblioteca Itinerante Alternativa. Conheçam um pouco mais por meio dos relatos das educadoras:




Relatório: Projeto Biblioteca Itinerante Alternativa – Ensino Fundamental I
Escola: Escola para surdos Dulce de Oliveira
Coordenadora Pedagógica: Vivian Zerbinatti da Fonseca Kikuichi
Professora responsável pelo projeto: Vivian Zerbinatti da Fonseca Kikuichi
Público participante: alunos do 3º ao 5º Ano do Ensino Fundamental – turno vespertino

Roda de leitura: Ler é um prazer!
Livro: O Caso do Bolinho – Tatiana Belinky



Por serem sujeitos bilíngues e adquirirem de forma natural e espontânea a língua de sinais, os alunos surdos, muitas vezes, aprendem a língua portuguesa como uma segunda língua. Em alguns casos, demonstram dificuldade em perceber, de forma natural, a função social dessa língua e não conseguem utilizá-la de forma adequada nas mais diversas situações de seu cotidiano. Por se comunicarem por meio de uma língua visuoespacial, que é a língua de sinais, apresentam certa rejeição em aprender e utilizar a língua portuguesa.
As atividades desenvolvidas com a literatura buscam despertar no aluno surdo o gosto pela língua portuguesa, mostrando-lhe sua função social e importância como meio de comunicação e interação com as pessoas que não conhecem a língua de sinais. Com a contação de histórias sinalizadas os alunos surdos se envolvem com a atividade e sentem-se motivados a conhecer a história escrita, aproximando-se da língua portuguesa com interesse e entusiasmo em aprender.
Como tudo aconteceu...
A professora levou os alunos para o Laboratório de Informática da escola, apresentando à turma a capa do livro projetada na parede. Questionou se conheciam o título, e sobre o que se tratava a história. Os alunos participaram com entusiasmo, levantando muitas hipóteses sobre a capa apresentada.
Em seguida, a professora contou em língua de sinais toda a história utilizando as imagens projetadas com Datashow e um fantoche que criou para representar o bolinho. Após o término da história, solicitou que os alunos recontassem-na, fazendo uma pequena dramatização. 
Depois os alunos se dirigiram até a sala de Artes e tiveram contato com o livro, manuseando-o de forma livre por alguns momentos. A professora sugeriu que cada aluno fizesse seu próprio bolinho utilizando massinha caseira e a turma adorou a ideia. A massinha foi feita de forma coletiva, com os alunos colaborando na leitura da receita, separação dos ingredientes e manuseio da massa.
Para finalizar a atividade cada aluno confeccionou seu próprio bolinho, escolhendo a cor que ele teria e os objetos para enfeitá-lo. A turma demonstrou muito interesse pela atividade e criatividade para fazer os bolinhos. A contação de história em Libras se tornou um momento de muita alegria e prazer! 





1 comentários:

Florence Queiroz disse...

Os alunos amaram a história, criaram seus próprios bolinhos e deram finais diferentes e criativos à história. Foi uma atividade extremamente enriquecedora para eles.

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