Para Carlos, a literatura nunca pode ser divorciada da vida e ler um texto remete o leitor ao prazer de ler, à arte, à literatura. E ao mesmo tempo, por meio da literatura pode-se conhecer o contexto histórico.
E acrescenta que a partir das atividades propostas neste encontro, os educadores participantes poderão refletir mais sobre a literatura. “É necessário defender a literatura em sala de aula, para que ela seja reconhecida como era há 30 anos”, alerta.
Carlos apresentou textos de dois autores brasileiros (Machado de Assis e José de Alencar) para que os educadores pudessem observar o paralelo entre a literatura e a história, com o apoio teórico de Antônio Cândido. Ele também sugeriu textos e obras sobre o assunto para serem apreciados pelos professores.
Em um momento de discussão sobre o tema, com participação frequente dos professores-alunos, Carlos mostrou com simplicidade como fazer o aluno gostar da literatura, exemplificando as cantigas da literatura portuguesa, que falam do mesmo amor não correspondido que vivem os jovens de hoje. E explica que é só fazer o aluno entender que aquela literatura não está longe da sua realidade. “Precisamos fazer o aluno perceber que a literatura não o afasta da história, pois ele aprende sobre si mesmo, sobre o país e sobre a vida”, completa. De acordo com ele, a realidade está inserida na literatura e vice-versa, pois “para ser leitor, tem que ser leitor do mundo”.
A coordenadora do projeto, Danúzia Brandão afirma que os encontros são relevantes para os professores, pois despertam neles novas expectativas para trabalhar com o aluno e, a partir do momento que se prontificam a participar, sempre saem com um conhecimento mais aprofundado sobre a literatura e como ela pode ser trabalhada. “Vejo pelos questionamentos dos professores que eles saem daqui mais entusiasmados, prontos para criarem e serem multiplicadores da literatura na escola”, afirma.
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