terça-feira, 25 de junho de 2013

"A literatura nunca pode ser divorciada da vida"


Na semana passada, o professor Carlos Francisco de Morais, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) esteve no Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social (Iades), para um encontro com os professores do Curso de Formação do projeto Bibliotecando: Re-lendo o mundo. O tema trabalhado no 8º encontro foi  A função/importância do contexto histórico na literatura.

Para Carlos, a literatura nunca pode ser divorciada da vida e ler um texto remete o leitor ao prazer de ler, à arte, à literatura. E ao mesmo tempo, por meio da literatura pode-se conhecer o contexto histórico.
E acrescenta que a partir das atividades propostas neste encontro, os educadores participantes poderão refletir mais sobre a literatura. “É necessário defender a literatura em sala de aula, para que ela seja reconhecida como era há 30 anos”, alerta.
Carlos apresentou textos de dois autores brasileiros (Machado de Assis e José de Alencar) para que os educadores pudessem observar o paralelo entre a literatura e a história, com o apoio teórico de Antônio Cândido. Ele também sugeriu textos e obras sobre o assunto para serem apreciados pelos professores.
Em um momento de discussão sobre o tema, com participação frequente dos professores-alunos, Carlos mostrou com simplicidade como fazer o aluno gostar da literatura, exemplificando as cantigas da literatura portuguesa, que falam do mesmo amor não correspondido que vivem os jovens de hoje. E explica que é só fazer o aluno entender que aquela literatura não está longe da sua realidade. “Precisamos fazer o aluno perceber que a literatura não o afasta da história, pois ele aprende sobre si mesmo, sobre o país e sobre a vida”, completa. De acordo com ele, a realidade está inserida na literatura e vice-versa, pois “para ser leitor, tem que ser leitor do mundo”.
A coordenadora do projeto, Danúzia Brandão afirma que os encontros são relevantes para os professores, pois despertam neles novas expectativas para trabalhar com o aluno e, a partir do momento que se prontificam a participar, sempre saem com um conhecimento mais aprofundado sobre a literatura e como ela pode ser trabalhada. “Vejo pelos questionamentos dos professores que eles saem daqui mais entusiasmados, prontos para criarem e serem multiplicadores da literatura na escola”, afirma.

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