22.10.12
A técnica do projeto, Lilia Coelho, explicou que as educadoras inscritas, relataram como o trabalho de incentivo a leitura foi realizada dentro das escolas e como foi o envolvimento dos alunos, além de outros educadores. “Num segundo momento fizemos a avaliação do curso, tendo por base os temas e palestrantes, enfocados em cada encontro. Ao total foram sete encontros, sete temas diferentes ministrados por especialistas e doutores na área de educação. Cerca de 90% das educadoras concluintes do curso consideraram todos os temas relevantes e conseguiram aplicar, de alguma forma, as atividades relacionadas ao assunto, junto às crianças das instituições nas quais trabalham”, disse.
Para a técnica, um ponto em comum foi apresentado entre os relatos das educadoras. A dificuldade inicial dos professores em realizar o trabalho de leitura devido ao desinteresse das crianças pela prática. Segundo Lilia, com o compartilhamento de experiências, troca de informações e exposição das ações que deram certo em cada local, foi possível a adaptação e reaplicação de diferentes atividades, em outras unidades escolares.
Alguns depoimentos das educadoras chamaram a atenção. A técnica lembrou o exemplo apresentado pela professora Dulce, da Escola Municipal Anízio Teixeira, que relatou sobre o interesse de uma aluna, pela leitura, a partir do trabalho que a educadora iniciou na escola. “Ela começou a ler o livro para a professora. A aluna disse: ‘escuta tia, é o livro do Chico Pena Azul’. A professora Dulce ficou emocionada com o entusiasmo da aluna pela leitura do livro”, disse Lilia.
As atividades desenvolvidas na Escola Estadual Felício de Paiva, pelas professoras Maria Beatriz e Fabiana também chamaram a atenção. “A experiência de levar o projeto para dentro da escola, foi tão bom que acabou despertando o interesse de outros educadores, que não estavam envolvidos diretamente no projeto, para implementarem uma ação de incentivo a leitura na escola, coisa que não existia, antes do projeto”, observou a técnica, com base nos relatos das professoras.
Para Lilia, um relato que chamou a atenção, também, veio da professora Joana D’arc, da Escola Municipal Totonho de Moraes, localizada na zona rural de Uberaba. “A educadora criou o hábito de todos os dias, faltando 20 minutos para terminar a aula pegar um livro e começar a contar a história. Todos gostaram da ideia e os alunos gostaram tanto que sempre ficavam esperando por este momento. Eles até cobravam da professora quando demorava a contar a história do dia”, disse a técnica. “Outro destaque, foi que como aconteceu na Escola Felício de Paiva e também na Vicente Alves Trindade, o projeto contou com a participação de toda a comunidade escolar, na disseminação de ações de incentivo a leitura”, acrescentou.
Para ela, o envolvimento das educadoras foi excelente, pois o projeto Biblioteca Itinerante Alternativa conseguiu atingir o objetivo, que é reforçar e incentivar o hábito de leitura no ambiente escolar. “As educadoras estão de parabéns, não apenas por desempenharem com excelência o trabalho junto aos alunos, mas também por conseguirem multiplicar e envolver outros educadores nas ações de incentivo a leitura”, parabenizou.
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