Esse encontro contou com a participação de professores das redes municipais, estaduais e instituições comunitárias da cidade de Uberaba e região, participantes do projeto. O tema abordou a valorização da cultura, a função da arte e a criação artística por meio dos elementos que constituem o processo da criação social do homem. As discussões propostas provocaram temas como o valor da cultura nacional, as questões das tradições e suas manifestações artísticas, a formação do homem na sociedade e sua participação na disseminação de cultura.
“O estudo da cultura não é se fazer confrontos entre outras culturas, é observá-la, analisa-la e senti-la, assim a respeitamos e a tornamos eterna”, explanou a arte educadora Rita de Blasis, sobre a importância do respeito com a cultura do outro, e o valor de nossa identidade cultural.
“Às vezes me sentia um estrangeiro dentro de meu próprio país”, comentou o professor Anderson Michel participante do projeto com o Cras de Delta, sobre sua chegada de Alagoas à cidade mineira. “Hoje tentamos lutar para que os meninos cresçam sem os preconceitos culturais e que vejam o valor da cultura nacional. Infelizmente temos uma geração que pede ao pai cortador de cana, que compre um IPhone pois assistiram na TV e querem ser como os outros. Temos vivido uma crise ocasionando agressividade e bullying entre os adolescentes que não aceitam sua identidade cultural e ofende a identidade cultural do outro, e não conseguem perceber a riqueza que tem o local de onde vieram”, completa Michel, justificando a luta pela preservação da identidade nacional e regional, pois muitos de seus alunos são do nordeste do país e se sentem inferiorizados por essa realidade.
Rita de Blasiis conseguiu prender a atenção dos participantes em um ambiente de discussão, crítica e informação. “Ela fez com que refletíssemos sobre nossa importância na construção cultural e principalmente a formação do aluno como agente de cultura. No fim pudemos ver que o homem não consegue lidar com seus limites e o extrapola transformando o espaço social em caos. Reconhecer que a arte, seja ela literária ou não, é o que nos difere das outras sociedades e animais, fez com que pensássemos na importância de mantê-la viva e dentro de nossa formação cultural”, finalizou a coordenadora do projeto Danúzia Brandão.
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